quinta-feira, 14 de julho de 2011

Kia Cadenza

Não foi apenas o designer Peter Schreyer que a Kia importou da Alemanha. De lá também vieram os parâmetros que a marca coreana vem adotando para construir seus automóveis, quase tão sólidos quanto os alemães mais luxuosos e tradicionais. A prova mais recente disso é o Kia Cadenza. Tanto pelo que ele apresenta de novidade quanto pelo que ele aposenta.
O modelo que saiu de cena foi o Opirus, um veículo que ostentava luxo para disfarçar sua desarmonia. Em se tratando de estilo, eles nem parecem filhos da mesma marca. Mas as diferenças são exuberantes também em comportamento dinâmico. Com motor V6 3.8 e tração dianteira, a frente pesada fazia o Opirus sair de frente sem grandes provocações. Isso nem de longe lembra a neutralidade do Cadenza. 

O motor do modelo atual, o Lambda 3.5, é menor, mas mais potente. Em vez de 267 cv, como o do Opirus, ele rende 290 cv, com pouco menos torque (34,5 mkgf, contra 36 mkgf). Isso indica que o Cadenza tem saída pior que a do antecessor, correto? Nein! O Opirus tinha de arrastar 1 725 kg, contra os 1 655 kg do Cadenza, que é menor (4,97 metros contra 5), mas mais espaçoso (tem 5 cm a mais de entre-eixos). O segredo para o melhor rendimento, além do peso, se deve ao comando de válvulas variável (tanto para as de admissão quanto para as de exaustão).
Sendo tão superior ao carro que o antecedeu, comparar o Cadenza ao Opirus é mera questão de respeito histórico. Correto é confrontá-lo com Chevrolet Omega, Chrysler 300C, Toyota Camry e o futuro Hyundai Azera. E pela primeira vez a Kia tem um modelo capaz de enfrentar os concorrentes em pé de igualdade. Até com algumas vantagens.
A primeira delas é que o Cadenza é o modelo mais atual de seu segmento. O catálogo menos completo já inclui faróis de xenônio, câmbio automático de seis marchas com possibilidade de trocas manuais, lanternas e piscas de led, ar-condicionado de duas zonas, sensores crepuscular, de chuva e de estacionamento, bancos de couro, sistema keyless, ABS, ESP e seis airbags. Custa 119 900 reais. O que avaliamos, que traz a mais o teto solar elétrico duplo, custa 124 900 reais. O mais caro, com interior branco, sai por 127 900 reais. Ainda mais barato que os concorrentes, a segunda e maior de suas vantagens.

Nenhum comentário:

Postar um comentário